terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Não Sigam Outro Evangelho

                                                                                
              

 O Perigo de falsas doutrinas

Não sigam outro evangelho (1:1-9). Paulo começa a sua carta às igrejas da Galácia abordando a questão de autoridade. Sua própria autoridade como apóstolo veio diretamente de Jesus (1:1). A autoridade de Jesus era a autoridade de Deus, que foi pro-vada na ressurreição (1:1; veja Mateus 28:18 e Atos 17:30-31). O evangelho que Paulo pregou falou sobre a graça de Cristo, que se entregou pelos nossos pecados “para nos desarraigar deste mundo perverso” (1:4).

Contudo, alguns perturbavam os gálatas, pregando “outro evangelho” (1:6). De fato, não existe outro evangelho, mas estes estavam pervertendo “o evangelho de Cristo” (1:7). Perverter o evangelho quer dizer acrescentar (ou diminuir) sem a autori-dade de Cristo. Paulo disse que qualquer pessoa que “vos pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” — mesmo se for um apóstolo ou um anjo do céu (1:8-9)! “Anátema” quer dizer “separado para ser destruído”. Qualquer pessoa que não ensina o evangelho que Cristo entregou não tem a autoridade de Cristo e será destruída (veja 2 João 9).

A fonte do evangelho (1:10-24). Paulo afirmou enfaticamente que o evangelho que ele ensinava não veio do homem. Primeiro, se viesse dos homens, seria mais agradável a eles. Mas, Paulo está sendo perseguido por seu evangelho, até pelos próprios gálatas! (Veja 4:16 e 5:11). Está sendo perseguido porque ele procura agradar a Cristo, não ao homem (1:10; veja Mateus 6:24).

Quando Paulo recebeu o evangelho de Cristo (1:11-12), ele não foi para Jerusalém para ser instruído pelos outros apóstolos. Antes, ele foi diretamente para Arábia e Damasco, pregando o evangelho que tinha recebido (1:15-17; veja Atos 9:1-22). Três anos passaram antes de Paulo encontrar os apóstolos em Jerusalém (1:18). Os irmãos na Judéia não o conheciam, mas apenas ouviram que ele estava pregando a mesma fé que anteriormente tentava destruir (1:22-23). O ponto dele é este: sem conhecer os outros, como ele poderia ter recebido o evangelho deles?

Paulo perante os falsos mestres (2:1-10). Quando Paulo voltou a Jerusalém 14 anos mais tarde, ele comunicou aos líderes da igreja o evangelho que ele havia pregado entre os gentios (2:1-2). Ele viajava com um gentio chamado Tito. Alguns “falsos irmãos” tentaram convencê-lo a ser circuncidado. Mas Paulo não se submeteu a eles por “nem uma hora” quando queriam avançar seu acréscimo (e perversão) do evangelho, “para que a verdade do evangelho permanecesse” (2:3-5).

Quando Tiago, Cefas e João viram que Deus estava trabalhando em Paulo como também trabalhava em Pedro, eles lhe ofereceram “a destra de comunhão”, aceitando-o porque Deus o havia aceitado (2:6-9). Eles reconheceram que a sua glória era de Cristo, e eles não pediram que ele mudasse algum ensinamento. Pediram apenas que ele lembrasse dos pobres, como já o fazia (2:10).

Perguntas para mais estudo:
   

Esta carta foi escrita a pessoas que já tinham recebido o evangelho verdadeiro no primeiro século d.C. (1:9). O que ela ensina sobre “novas revelações” depois do primeiro século (incluindo hoje), mesmo por profetas, apóstolos ou anjos? (1:8-9).
   

Qual é a fonte certa do evangelho? (1:11-12; veja Efésios 3:3-4).
   
O que Paulo fez quando alguns tentaram pregar um evangelho pervertido? (2:4-5). O que devemos fazer na mesma situação?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Como Explicar a Trindade?

A palavra "trindade" não aparece nas Bíblias comuns que usamos. Por esse motivo, eu evito o uso dela. Procuremos falar sobre assuntos bíblicos usando linguagem bíblica.
As pessoas que usam termos como trindade, Deus trino, etc. as empregam para explicar um conceito da existência de três pessoas distintas que podem ser chamadas de Deus. Vamos considerar, em termos bem resumidos, o que a Bíblia diz a respeito dessa idéia.
1. Há um só Deus (Efésios 4:6). O fato que existem mais de uma pessoa divina, como veremos logo, não sugere múltiplos deuses. A doutrina bíblica não se compara com as doutrinas politeístas de algumas religiões pagãs.
2. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas distintas. No batismo de Jesus, cada um fez seu papel, concordando com os outros dois, mas distinto deles. Jesus subiu das águas; o Espírito desceu como pomba sobre ele; o Pai falou dos céus (Marcos 1:9-11). As doutrinas de algumas igrejas que dizem que o Filho e o Pai são a mesma pessoa contradizem afirmações óbvias das Escrituras. O Pai é maior do que o Filho (João 14:28). O Pai enviou e instruiu o Filho (João 14:24).
3. Jesus é Deus. As seitas que negam a divindade de Jesus trabalham muito para evitar o significado de diversas passagens. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, usam uma versão das Escrituras cheia de acréscimos e traduções equívocas calculadas justamente para negar as provas textuais da divindade de Jesus. Mas, ele é eterno, divino e merecedor de adoração (João 1:1; João 8:24,58; Mateus 4:10; 14:33; 28:9,17; João 9:38; Hebreus 1:6; Apocalipse 5:9-14; etc.)
4. O Espírito Santo é pessoa divina, não apenas força ativa. Reconhecemos algumas dificuldades quando estudamos a palavra "espírito" na Bíblia. Sabemos que o espírito do homem não é outra pessoa (1 Coríntios 2:11). Apesar de alguns trechos difíceis (veja o aviso de 2 Pedro 3:16), não podemos negar a personalidade do Espírito Santo. O mesmo Pai que enviou Jesus enviou o Espírito (João 14:26). Jesus o chamou de "outro Consolador", mostrando que ele pertence à mesma categoria que Jesus: uma pessoa divina (João 14:16). Vários textos apresentam o Pai, o Filho e o Espírito Santo como pessoas unidas mas distintas (veja Mateus 28:19 e o último versículo de 2 Coríntios). O Espírito ensina (João 14:26); habita nos fiéis como o Pai e o Filho o fazem (João 14:17,23) e intercede como Cristo também o faz (Romanos 8:26,34).
Para negar tais afirmações, alguns distorcem o sentido das passagens ou até jogam fora livros bíblicos que não apoiam suas doutrinas humanas. O verdadeiro seguidor de Cristo aceitará toda a Verdade, até as coisas difíceis de entender (João 8:32; 17:17; Deuteronômio 29:29).

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Líderes evangélicos lançam nota de repúdio à beligerância entre calvinistas e arminianos

Os debates entre calvinistas e arminianos já datam de séculos, com grandes nomes da fé cristã advogando por um ou outro lado ao longo da história. No entanto, recentemente, essas discussões se tornaram verdadeiras batalhas, com o surgimento de inimizades e escândalos entre adeptos dessas duas vertentes teológicas. Diante disso, líderes evangélicos brasileiros lançaram uma nota de repúdio à beligerância entre grupos de calvinistas e arminianos.
A nota aponta para a relevância do debate, mas combate a agressividade que tem tomado as discussões entre calvinistas e arminianos, especialmente no âmbito da internet. “Rejeitamos todo conteúdo difamatório, ofensivo e jocoso, ainda que a pretexto do humor, produzido contra irmão de vertente religiosa diversa, que atente contra sua honra e imagem”, diz o texto.
Vários líderes evangélicos assinaram a nota de repúdio. Entre eles, estão Euder Faber Guedes Ferreira, presidente da VINACC; Augustus Nicodemus Lopes, pastor presbiteriano e teólogo; Franklin Ferreira, pastor batista e teólogo; Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança e escritor; Ciro Sanches Zibordi, pastor assembleiano e escritor; Geremias do Couto, pastor assembleiano e escritor; Valmir Nascimento Milomem Santos, teólogo assembleiano e professor universitário; Altair Germano, pastor assembleiano e escritor.

Confira o texto completo da Nota Pública sobre Debates entre Calvinistas e Arminianos!

NOTA PÚBLICA
SOBRE DEBATES ENTRE CALVINISTAS E ARMINIANOS

Diante da recorrência de discussões e ataques pessoais realizados no âmbito eclesiástico, na internet e nas redes sociais, especialmente entre calvinistas e arminianos para defesa de posições teológicas, NÓS, abaixo subscritos, vimos a público emitir a seguinte nota:
Reconhecemos a importância e a historicidade do debate teológico dentro da tradição cristã como meio de defesa e salvaguarda da verdade e, consequentemente, da ortodoxia bíblica.
Apoiamos a produção e a reflexão teológica realizada no ambiente da internet, em virtude de seu caráter democrático e do livre curso de ideias, como corolário da Reforma Protestante.
Repudiamos, todavia, que para a defesa de posições teológicas haja discussões e ataques pessoais realizados em nome da fé, que promovem dissenções, inimizades e escândalo ao nome de Cristo. Repudiamos, assim, todo e qualquer conteúdo difamatório, ofensivo e jocoso, ainda que a pretexto do humor, produzido contra irmão de vertente religiosa diverse, que atente contra sua honra e imagem.
Entendemos incompatíveis com os preceitos que devem reger a conduta dos discípulos do Mestre posturas antiéticas que estimulam a zombaria, o desrespeito e o escárnio, baseado em dolo, distorções e mentiras.
Discordamos das publicações anônimas, especialmente quando realizadas com o objetivo de provocar animosidade e discórdia entre os cristãos. Além de ser proibido constitucionalmente (Art. 5o, IV), o anonimato atenta contra os princípios bíblicos da transparência (2 Co 3:18), sinceridade (Tt 2:7) e honestidade (1 Tm 2:2).
Relembramos que a calúnia, a injúria e a difamação são crimes contra a honra, de acordo com o Código Penal Brasileiro, os quais não se coadunam com o caráter do verdadeiro cristão, que deve expressar o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança), conforme Gálatas 5:22.
Aconselhamos os cristãos piedosos a não dar audiência a páginas e grupos que promovam tais ofensas.
Defendemos e incentivamos a exposição de convicções cristãs, bem como o debate teológico na internet e nas redes sociais, de modo irênico, ou seja, de espírito pacífico (Rm 12:18), com cordialidade e respeito. A discordância e confrontação das ideias alheias, quando for o caso, devem ser conduzidas com ética, honestidade intelectual e de maneira objetiva, sem denegrir e atacar o oponente.
Asseveramos que a produção teológica é, sobretudo, um ato de glorificação a Deus. Discussões, pois, que se desenvolvem com o único propósito de vencer desavenças intelectuais, baseadas em disputas do ego, estão longe de honrar o nome de Cristo. A determinação bíblica de “falar o que convém à sã doutrina” (Tt 2:1) exige coragem, mas também responsabilidade, para os cristãos em geral e os pastores em particular, os quais devem ser, dentre outras coisas, “irrepreensíveis, honestos, moderados, aptos a ensinar, não contenciosos…” (1 Tm 3:2-3).
Citamos, a propósito, as palavras de J. I. Packer: “Se a nossa teologia não nos reaviva a consciência nem amolece o coração, na verdade endurece a ambos; se nãp encoraja o compromisso da fé, reforça o interesse que é próprio da incredulidade; se deixa de promover a humildade, inevitavelmente nutre o orgulho. Assim, aquele que expõe teologia em público, seja formalmente, pelo púlpito ou pela imprensa, ou informalmente, em sua poltrona, deve pensar muito sobre o efeito que seus pensamentos terão sobre o povo de Deus e outras pessoas.”
Recomendamos, assim, a importância da constante elevação bíblica e espiritual do nível dos debates teológicos. E caso nos deparemos com um irmão em Cristo com postura inadequada e não condizente com a ética e prática cristãs, que ele seja repreendido, mas que em tal ato não falte educação e principalmente amor.
Reconhecemos as diferenças marcantes historicamente existentes entre as tradições calvinistas e arminianas, notadamente em referência à doutrina da salvação. Todavia, tais divergências teológicas não suplantam a comunhão cristã que deve haver entre os irmãos dessas duas vertentes da cristandade. Em uníssono, à luz das Escrituras Sagradas, enfatizamos que a salvação se alcança em Cristo somente, mediante a graça somente, recebida pela fé somente (Rm 3:24; Ef 2:8; Tt 2:11).
Finalizamos com a menção ao episódio em que o calvinista George Whitefield foi perguntado se esperava ver o arminiano John Wesley nos céus. Sua resposta foi: “Não. John Wesley estará tão perto do Trono da Glória, e eu tão longe, que dificilmente conseguirei dar uma olhadela nele.” Assim se tratam verdadeiros cristãos que discordam em questões de soteriologia, mas que não fazem nada por contenda ou vanglória, e consideram os outros superiores a si mesmos (Fp 2:3). E, sobretudo, estes sabem o preço custoso com que foram comprados por Cristo Jesus.

18 de janeiro de 2016.

Augustus Nicodemus Lopes, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia (GO).
Altair Germano, pastor da Assembleia de Deus – Itália, escritor.
Carlos Kleber Maia, pastor da Assembleia de Deus – RN, escritor de obra arminiana.
César Moisés de Carvalho, pastor da Assembleia de Deus, teólogo, escritor.
Ciro Sanches Zibordi, pastor da Assembleia de Deus na Ilha da Conceição em Niterói – RJ, escritor e articulista.
Clóvis José Gonçalves, membro da Igreja O Brasil para Cristo e editor do blog Cinco Solas.
Davi Charles Gomes, Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Euder Faber Guedes Ferreira, pastor, presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã).
Solano Portela Neto, presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil, conferencista e autor reformado.
Franklin Ferreira, pastor batista, diretor geral do Seminário Martin Bucer-SP.
Geremias do Couto, pastor da Assembleia de Deus, escritor.
Glauco Barreira Magalhães Filho, pastor batista – CE, professor universitário, escritor.
Gutierres Fernandes Siqueira, membro da Assembleia de Deus-SP, editor do blog Teologia Pentecostal.
Helder Cardin, pastor batista, reitor do Seminário Palavra da Vida-SP.
Jamierson Oliveira, pastor batista, teólogo, escritor.
Jonas Madureira, pastor batista, editor de Edições Vida Nova e professor do Seminário Martin Bucer.
José Gonçalves, pastor da Assembleia de Deus-PI, teólogo, escritor.
Magno Paganelli, pastor da Assembleia de Deus-SP, teólogo, escritor.
Marcos Antônio Moreira Guimarães, professor de teologia, obreiro da Assembleia de Deus-MT.
Mauro Fernando Meister, diretor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper-SP.
Norma Cristina Braga Venâncio, escritora, membro da Igreja Presbiteriana do Pirangi, Natal-RN.
Paulo Romeiro, pastor, teólogo, escritor.
Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança de Niterói-RJ.
Solon Diniz Cavalcanti, pastor, teólogo, presidente do CEAB Transcultural.
Thiago Titillo, pastor batista, professor, escritor.
Tiago José dos Santos Filho, pastor batista, editor-chefe da Editora Fiel, diretor pastoral do Seminário Martin Bucer-SP.
Uziel Santana, presidente da Anajure (Associação Nacional dos Juristas Evangélicos).
Valdeci do Carmo, obreiro da Assembleia de Deus, teólogo, coordenador do curso de Teologia das Faculdades Feics, Cuiabá-MT.
Valmir Nascimento Milomem Santos, teólogo da Assembleia de Deus, professor universitário, editor da revista Enfoque Teológico.
Wallace Sousa, evangelista da Assembleia de Deus, DF, escritor, pós-graduado em teologia, coordenador da União de Blogueiros Evangélicos.
Wellington Mariano, pastor da Assembleia de Deus, escritor e tradutor de obras arminianas.
Wilson Porte Junior, pastor batista e professor do Seminário Martin Bucer.
Zwinglio Rodrigues, pastor batista, escritor de obra arminiana.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Salvação Sem Cristo?

                                                                                


Pessoas de todas gerações e sociedades parecem determinadas a criar seus próprios esquemas de salvação. Alguns negam Deus, e portanto não admitem o pecado nem a necessidade de resgate divino. Muitos outros aceitam a idéia de que um Ser superior deve intervir, entretanto, fortemente divergem na identificação deste "salvador". Até alguns que se dizem Cristãos expressam uma atitude "estou bem, você está bem" quanto a outros que totalmente rejeitam Jesus Cristo. Poderemos ser salvos sem Cristo?
A Bíblia responde com um inequívoco NÃO! Jesus é indispensável no plano de Deus para a salvação. Quando esteve diante do sumo sacerdote em Jerusalém, Pedro ousadamente disse que Jesus é o único caminho de salvação: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).
Profecias do Salvador
O Velho Testamento contém muitas profecias sobre Jesus Cristo, muitas das quais destacam seu desempenho como Salvador. Entre as mais famosas destas profecias está Isaías 53:11-12, escrita mais ou menos 700 anos antes do nascimento de Jesus. Falando do ponto de vista de Deus sobre seu servo sofredor, Isaías escreveu: "Com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. . . . contudo levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu". Antigas profecias também predisseram que alguns rejeitariam Jesus enquanto tentariam obter salvação sem ele (Salmos 118:22; Atos 4:11; 1 Pedro 2:4-10).
Presença do Salvador
João Batista apresentou Jesus como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Esta foi uma introdução certa ao trabalho de Jesus na pregação das boas novas da salvação. Em várias ocasiões, ele exerceu o seu poder para perdoar pecados, ressaltando que a sua cura era espiritual, e não meramente física. Jesus abertamente afirmou sua importância no plano de Deus: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).
Poder do Salvador
Entretanto o papel de Jesus como o Salvador não terminou quando ele deixou esta terra. Jesus foi exaltado para dominar como Rei sobre todos (Apocalipse 17:14), possuindo todo o poder ou autoridade (Mateus 28:18-20). "E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem" (Hebreus 5:9).
Reconhecendo que Jesus é um vivo e ativo Salvador, devemos ser obedientes a sua palavra. Deus nos lembra do perigo em rejeitar Jesus Cristo, nos assegurando que Ele punirá "os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus" (2 Tessalonicenses 1:8).
Devemos aceitar Jesus como nosso Salvador de acordo com suas condições.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Por que confessar pecados?

                                                                                   


Diversas vezes na Bíblia, encontramos casos de servos de Deus que confessaram seus pecados, ou mandamentos sobre esta prática. Por que confessar nossos pecados?
 
1. Devemos confessar os nossos pecados a Deus para receber perdão. João escreveu aos cristãos: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:8-9). A confissão aqui é feita pelo cristão ao Pai, com ajuda do Advogado Jesus Cristo. Alguns pecados não precisam ser confessados a outros homens, mas todos precisam ser confessados ao Senhor para receber o perdão dele.
 
2. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que ofendemos. Jesus mostrou que tal confissão é necessária para receber o perdão do irmão ofendido: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4).
 
3. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que podem nos ajudar. Quando Simão reconheceu seu erro, ele pediu as orações de Pedro (Atos 8:24). Tiago disse: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tiago 5:16).
 
4. Pecados conhecidos por outros precisam ser confessados para restabelecer a comunhão. Mateus 18:15-17 diz: "Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera_o como gentio e publicano." A cada etapa, a pessoa ou aceita a correção ou recusa ouvir. Como sabemos a diferença? A pessoa teria que falar, ou confessando o seu pecado (veja o exemplo de Davi em 2 Samuel 12:13) ou negando a sua culpa (como Saul fez em 1 Samuel 15:20). Se confessar o pecado e pedir perdão na primeira conversa com uma pessoa, o problema será resolvido. Se outras pessoas forem envolvidas, tentando corrigir o pecador, ele terá que confessar diante delas, também, para tirar qualquer obstáculo à comunhão com os irmãos. Assim, pode chegar ao ponto de confessar o pecado à igreja toda. Quando isso acontece, o irmão arrependido deve ser perdoado e recolhido com amor, pois o diabo ainda estará tentando destrui-lo (veja 2 Coríntios 2:5-11).

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O amor é mais importante do que a verdade?

 Nossa época é voltada para humanismo e tem se espalhado a idéia de que os relacionamentos são mais importantes do que a realidade, que o homem é mais importante do que Deus, e que o amor aos outros é mais importante do que a justiça. A verdade está se tornando um sentimento subjetivo; já não é mais um fato imutável e definido. Por isso, conclui-se que a verdade tem pouca importância; só precisamos amar os outros.

Mas se as palavras de Jesus têm valor, toda esta idéia é completamente falsa. Jesus disse que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento (Marcos 12:28-31). Amar aos outros é o segundo mandamento. Há muitos que invertam esta ordem. Se amamos a Deus, temos que amar o que ele diz (João 14:15; 15:14). Jesus perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lucas 6:46).
A verdade é da extrema importância em nossa relação com Deus. Temos que conhecer a verdade (João 8:32; 1 Timóteo 2:4); obedecer à verdade (1 Pedro 1:22); adorar em verdade (João 4:24); andar em verdade (2 João 4); armar-nos com a verdade (Efésios 6:14); e amar a verdade (2 Tessalonicenses 2:10). Aqueles que se desviam da verdade estão perdidos (Tiago 5:19); aqueles que não andam segundo a verdade têm que ser repreendidos (Gálatas 2:14); aqueles que mudam a verdade são detestados por Deus (Romanos 1:25); aqueles que não estão na verdade seguem seu pai, o Diabo (João 8:44).
Tornar o amor mais importante do que a verdade é tornar o homem mais importante do que Deus e fazer o segundo mandamento mais importante do que o primeiro. "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).








quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Existe hierarquia de demônios?

Quando os discípulos de Jesus não conseguiram expulsar um demônio, Jesus lhes explicou: "Esta casta não pode sair senão por meio de oração [e jejum]" (Marcos 9:29). Paulo falou sobre a consumação da missão de Jesus, dizendo: "E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder" (1 Coríntios 15:24; veja, também, Efésios 1:21; 2:2; Colossenses 2:10). Apocalipse 12:7 se refere ao "dragão e seus anjos". Tais passagens sugerem algumas diferenças de autoridade no reino das trevas, dominado por Satanás.
Deus diz que devemos resistir o diabo: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo" (1 Pedro 5:8-9). "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (1 Tiago 4:7).
Algumas pessoas, no seu desejo de aprofundar nas coisas que Deus não revelou (veja Deuteronômio 29:29), têm procurado explicar muito mais sobre o reino das trevas do que encontramos na Bíblia. Paulo nos alertou sobre essa tendência de se mostrar superior por falar de coisas que não vêm do Senbor: "Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?" (1 Coríntios 4:7). Tais pessoas são enfatuadas, "sem motivo algum, na sua mente carnal" (Colossenses 2:18-19).
O fato é que nós devemos nos preocupar muito mais com Deus do que com o diabo. Somos servos do Vencedor, não do derrotado! É simplesmente incrível ver como alguns pregadores falam tanto sobre o diabo e ainda alegam ser seguidores de Jesus. Imagine um homem casado sempre falando de outras mulheres na sua própria casa. A mulher não aceitaria tal atitude. Será que Deus se agrada de igrejas obcecadas com o adversário?
A escassez de informações nas Escrituras sobre demônios nos lembra de um fato importante. Deus não revelou tudo que gosta-ríamos de saber, e sim tudo que precisamos saber. A Bíblia não responde às curiosidades do homem, e sim às necessidades dele. O que nós precisamos não é o pleno conhecimento do inimigo, mas o "conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude". Assim, podemos nos tornar participantes da natureza de Deus, nos livrando "da corrupção das paixões que há no mundo" (2 Pedro 1:3-4).
Eu não preciso entender tudo sobre as forças do mal para saber como resistir o diabo. Não adianta perder tempo procurando informações não reveladas sobre Satanás, quando já sabemos que Jesus é mais forte e infinitamente melhor. Os pregadores obcecados com o diabo tiram os pensamentos das coisas "lá do alto" e deixam os adeptos pensar nas coisas do reino das trevas. Podem fazer um bom espetáculo mostrando sua suposta intimidade com os demônios, mas não edificam a ninguém e não exaltam a verdade do Senhor.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Importância do Santo e Puro Evangelho

Hangout com assuntos concernentes aos temas atuais no Evangelho.








                                                                              
                                     

                                                                                
                                                                                 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Jesus Cristo: Lunático, Mentiroso ou Senhor?

A Evidência da Divindade de Jesus
 Enquanto Jesus caminhava pela face da terra há aproximadamente dois milênios, a humanidade se dividia em três grupos com diferentes visões sobre ele. Alguns estavam convencidos de que Jesus era o Filho de Deus e então dirigiam-se a ele como "meu Senhor e meu Deus" (João 20:28). Outros consideravam as afirmações e ações de Jesus como atos de blasfêmia e ". . . procuravam matá-lo porque . . . dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (João 5:18). Porém um terceiro grupo pensava que Jesus era insano e deveria ser ignorado (João 10:20). Muitos chamados "Cristãos" da atualidade tentam adotar uma posição de compromisso e alegam que Jesus foi um homem bom – que foi até um homem perfeíto – porém não era Deus. Considerações cuidadosas das afirmações e ações de Jesus, entretanto, excluem esta conclusão. As únicas possíveis explicações sobre Jesus são as três que foram propostas no primeiro século.

As Possibilidades:

1. Jesus é quem alegou ser, o Filho de Deus, ou
2. Ele era louco e erroneamente se julgava Divino, ou
3. Ele foi o maior mentiroso que já existiu.
Consideremos as possibilidades na luz das ações e afirmações de Jesus.

As Afirmações de Jesus

Jesus não fez nenhuma tentativa de esconder suas afirmações de Divindade. Ele repetidamente afirmou que era o Filho de Deus (João 9:35-38; Mateus 16:16-20; etc). Os judeus da época de Jesus estavam certos de que esta era uma afirmação de igualdade a Deus (João 5:18), que Jesus julgava-se ser Deus. A própria linguagem de Jesus não deixou dúvidas, conforme ele aplicou a descrição "Eu Sou" para si próprio (João 8:24-58; veja Êxodo 3:13-14). Jesus claramente afirmou ser Deus! O que faremos com as afirmações de Jesus? Se elas sáo verdadeiras, então Jesus é Divino. Se elas são falsas, então Jesus intencionalmente mentiu e foi assim um terrível farsante, ou ele era louco e foi iludido por si próprio a acreditar e antecipar o mito de sua própria Divindade. Não podemos considerar suas afirmações e menosprezá-lo como meramente um homem bom ou perfeito. Ou ele é um lúnatico, ou um mentiroso, ou o Senhor de todos!

As Ações de Jesus

As ações de Jesus na terra foram inteiramente consistentes em relação às suas afirmações de Divindade. Ele atuou, sem se justificar, como Deus encarnado! Ele proclamou a habilidade de perdoar os pecados (Mateus 9:2-6). Os judeus sabiam que qualquer mero homem que fizesse tal afirmação era um blasfemador. Jesus também aceitou adoração dos humanos, depois de dizer sem dúvida que adoração pertence somente a Deus (Mateus 4:10; 8:2; 9:18; João 9:38). Nas ações de Jesus ele afirmava ser Deus. Quando a meros homens ou anjos foram oferecidos tal adoração, eles apressavam-se à proibi-la (Atos 10:25-26; Apocalipse 22:8-9). O que faremos com as ações de Jesus? Se ele foi um mero homem, certamente os judeus estavam certos em acusá-lo de blasfemar, por ter se apresentado como Deus. Não podemos atribuir suas ações a um simples homem e considerá-lo bom e perfeito. Jesus foi o Senhor, que afirmou ser, ou ele foi um mentiroso, ou um lunático.

Os Sinais de Jesus

Agora vamos para um verdadeiro teste das afirmações da Divindade de Jesus. Se ele realmente é Deus, criador e sustentador do universo, então sería razoável esperar que suas palavras fossem confirmadas com inegáveis demonstrações de poderes sobrenaturais. Os sinais, ou milagres, de Jesus preenchem um importante papel neste sentido. Os relatos do evangelho são cheios de detalhes de vários milagres os quais Jesus realizou. Estes milagres são claras e inegáveis demonstrações de poder. Jesus curou pessoas de evidentes enfermidades, ressuscitou os mortos, acalmou os mares, etc. Até seus adversários não negaram a veracidade de seus milagres. Eles contestavam a fonte de seu poder (Mateus 12:22-28) e as autoritárias afirmações de que se podia perdoar pecados (Mateus 9:1-8). Eles criticaram porque Jesus curou nos sábados (João 9:13-16). Mas, não negavam a autenticidade de seus milagres! Jesus não é lunático, nem mentiroso e sim o que ele mesmo afirmava ser, Deus.

A Ressurreição de Jesus

O túmulo de Jesus foi encontrado vazio três dias após sua morte. Desde a época da morte de Jesus, existem duas explicações do sepulcro vazio. Uma é a explicação bíblica sobre qual a fé dos cristãos está  baseada em que Jesus ressuscitou dos mortos (1 Coríntios 15:3-4,14). A outra é aquela que foi tramada pelos mesmos homems que organizaram desonestamente a traição, julgamento e crucificação de Jesus. Os líderes religiosos subornaram os soldados para que disseram que o corpo de Jesus tinha sido roubado (Mateus 28:11-15). Note três falhas fatais desta explicação: 1. Foi comprovado que os sacerdotes mentiram.
2. O corpo nunca foi encontrado.
3. Os "ladrões de covas" (apostolos) citados sofreram e morreram porque disseram que Jesus realmente ressuscitou. Homens morrem pelo que acreditam. É um absurdo afimar que uma dúzia de homens estariam querendo morrer por uma mentira tão conhecida! A ressurreição apresenta-se como a máxima evidência da Divindade de Jesus.

Qual é a importância Disto?

Esses pequenos exemplos acima (as afirmações, as ações, os sinais, e a ressurreição de Jesus) servem meramente para apresentar a abundante evidência da Divindade de Jesus Cristo. Numa época em que a dúvida e a descrença estão em alta, toda pessoa que deseja seguir Jesus precisa cuidadosamente considerar o caso para com a Divindade de Cristo. Jesus mesmo declarou o significado deste tema quando ele disse: "Se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24). Você pode dizer, como o "duvidoso" Tomé disse, que Jesus Cristo é "meu Senhor e meu Deus" (João 20:28-31)? Sua resposta para esta questão é de eterno significado. Considere isto cuidadosamente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A Salvação: Presente ou Futuro?


 
 
 
 O cristão já recebeu a salvação, ou espera recebê-la futuramente, quando chegar na presença de Deus? Esta é uma pergunta excelente, que envolve diversos pontos importantes de doutrina. Vamos observar alguns fatos:
 
1. Jesus "veio buscar e salvar o perdido" (Lucas 19:10; veja João 12:47).
 
2. Quando alguém se converte a ele, já recebe a salvação, ou seja, o resgate de seus pecados. Neste sentido, a Bíblia freqüentemente fala sobre a salvação no presente ou até como fato já realizado. "Hoje, houve salvação nesta casa..." (Lucas 19:9). "Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram" (Atos 15:11). "Porque, na esperança, fomos salvos" (Romanos 8:24). "...estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos" (Efésios 2:5). "...que nos salvou e nos chamou com santa vocação" (2 Timóteo 1:9). "...ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito 3:5).
 
3. Várias outras passagens falam da salvação no sentido eterno e final, assim a colocando no futuro. "...aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo" (Mateus 10:22). "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos" (Romanos 13:11). "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" (1 Timóteo 4:16). "...assim também Cristo, tendo_se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:28).

Como devemos entender este dois sentidos da salvação? Romanos 5:9-10 usa outras palavras, dizendo que já fomos justificados (do pecado) e reconciliados (com Cristo), para que possamos ser salvos (futuramente). 1 Pedro diz que Deus nos elegeu (1:1-2), nos regenerou (1:3,23) e nos resgatou (1:18-19). Diz que somos salvos atualmente através do batismo (3:21). Uma vez salvos, somos "guardados pelo poder de Deus" (que nunca falha), "mediante a fé" (que pode falhar) para a salvação que vai se revelar no último tempo (1:5). Mesmo depois de resgatados, seremos julgados (1:17). Depois de ter "escapado das contaminações do mundo" seria possível voltar e perder tudo (2 Pedro 2:19-22).
Nós, que recebemos purificação pela obediência à verdade, precisamos manter firme a nossa esperança da salvação eterna.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Deus pode arrepender-se?

A Pergunta que todos tem dúvidas!

Números 23:19 diz: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará?" Mas outras passagens dizem que ele tem se arrependido. "... Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra ..." (Gênesis 6:6-7). "Então, se arrependeu o Senhor do mal que dissera havia de fazer ao povo" (Êxodo 32:14). Como podem estas afirmações ser conciliadas?

Em qualquer estudo de textos difíceis da Bíblia, precisamos primeiro olhar para o contexto. Números 23:19 é uma afirmação da fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Foi impossível para Balaão amaldiçoar os israelitas porque Deus os tinha abençoado e lhes prometido prosperidade. Cada vez que ele tentou amaldiçoá-los, Deus transformou suas palavras em mais bênçãos. Deus nunca mente e nunca quebra uma promessa. Paulo afirmou sua confiança na fidelidade de Deus: "Fiel é esta palavra: se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:11-13). A fidelidade de Deus dá segurança ao obediente.

Os contextos de Gênesis 6 e Êxodo 32 são diferentes. Em ambos casos, Deus é fiel. Sua "mudança de sentimento" é por causa das mudanças feitas pelos homens. Em Gênesis 6, ele se preparou para destruir aqueles que o abandonaram. Em Êxodo 32, ele estava pronto para destruir o povo mas arrependeu-se por causa do apelo penitente de Moisés. Estes casos ilustram o que Paulo disse: "... se o negamos, ele, por sua vez, nos negará".
Uma das explicações mais claras deste assunto na Bíblia é encontrado em Jeremias 18:1-10. Os planos de Deus para abençoar ou destruir são condicionais.  Se uma nação que está sendo abençoada se volta para o pecado, Deus irá condená-la a ser destruída. Se o povo desobediente se converte ao Senhor, ele o poupará da destruição. Isto não é vacilação por parte de Deus. Ele está simplesmente sendo fiel ao seu justo caráter.

Deus não quer que ninguém morra em pecado. Ele quer que todos se arrependam para receber a bênção da vida eterna (2 Pedro 3:9).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Como crescer espiritualmente?

 

 Estudando e aplicando a palavra de Deus, assim como comemos e exercitamos nosso corpo para crescermos.
"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação" (1 Pedro 2:2). A comida é essencial para o crescimento de todos os seres vivos. Para alimentar o espírito do homem exige-se estudo e meditação da palavra de Deus. Há várias coisas a serem lembradas sobre uma alimentação correta. 1. Alimentação deve acontecer regularmente. Geralmente, pode-se ficar com "fome" após apenas algumas horas sem comer. E nós? Nos alimentamos diariamente com as palavras de Deus? 2. Toda pessoa deveria ter uma alimentação equilibrada. Alimentando-se somente de cereais e de nenhum legume, não haverá bom crescimento do homem. Devemos estudar todas as partes da palavra de Deus. 3. É bom ficar atento aos aditivos; estes são muitas vezes prejudiciais à saúde. Paulo pregou as puras palavras de Deus sem as alterar (2 Coríntios 4:2). As observações feitas por vários homens nas Escrituras podem vir a ser de grande ajuda. Não devemos nos deixar ser levados pelos ensinamentos do homem e sim pelas palavras de Deus.
O exercício é outro componente vital para o crescimento (Hebreus 5:12-14). O exercício em si envolve o uso da comida que ingerimos; espiritualmente, aplicamos os ensinamentos de Deus em nossas vidas. Por exemplo, lemos que devemos viver sensata, justa e piedosamente (Tito 2:12); precisamos, então, nos comportar desta forma. Devemos permitir que o aprendizado de nossos estudos, mude nossas vidas.
Nosso objetivo no crescimento está manifestado em 2 Coríntios 3:18 o de ser transformado na imagem de Cristo. Este é um grandioso objetivo. Que cresçamos nesta direção!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Jesus Revogou a Lei do Antigo Testamento?

 
Uma leitura superficial de alguns versículos apresenta uma dificuldade, até dando a impressão de uma contradição nas Escrituras. Alguns religiosos aproveitam esta suposta contradição para negar claras afirmações sobre o anulamento da Lei dada aos israelitas no monte Sinai.

Em Mateus 5:17-18, Jesus disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Alguns citam esta afirmação para tentar obrigar as pessoas de hoje a guardarem o sábado e outros mandamentos da Antiga Aliança.

Para compreender este comentário de Jesus, precisamos prestar atenção especial a três palavras que ele usou. A palavra revogar vem de uma palavra grega que significa derrubar, subverter ou destruir. Jesus não veio para subverter a Lei, ele veio para cumprir. A palavra traduzida cumprir significa completar, levar até o fim, realizar ou obedecer. Jesus não pretendia subverter a lei, ele pretendia cumpri-la, assim a levando até o seu determinado fim. A terceira palavra importante é a preposição até. Os céus e a terra poderiam passar, mas a lei não passaria até ser cumprida. Esta palavra (traduzida até, até que, ou enquanto) significa algo que chega até um certo ponto e termina. Deus falou para José ficar no Egito até que ele fosse avisado (Mateus 2:13). José não “conheceu” Maria “enquanto ela não deu à luz um filho” (Mateus 1:25). Na morte de Jesus, houve trevas até à hora nona (Lucas 23:44). A Lei não perdeu sua força até ser cumprida por Jesus.

O autor de Hebreus usou uma palavra diferente, embora traduzida em algumas Bíblias pela mesma palavra portuguesa, quando disse: “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hebreus 7:18-19). Revogar, neste trecho, significa anular, abolir, ou remover. No mesmo capítulo, ele falou da mudança (ou remoção) da lei (Hebreus 7:12).

Os cristãos não estão “subordinados” à Lei (Gálatas 3:24-25). Mesmo os cristãos judeus, que estavam sujeitos à lei, foram libertados dela (Romanos 7:6). O escrito da dívida foi removido inteiramente na cruz, pois Jesus cumpriu aquela Lei (Colossenses 2:14). Após a morte do Testador, a Nova Aliança tomou seu lugar (Hebreus 8:6-13; 9:15-17).

Jesus não subverteu a Lei do Antigo Testamento; ele cumpriu e removeu aquela e nos deu a Nova Aliança.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A Importância da oração

http://www.ipparqueguarus.org.br/site/wp-content/uploads/2014/03/adorando-Deus.jpg


A oração é uma das mais importantes actividades cristãs. Através da oração uma pessoa mantem um caminhar íntimo com o Senhor, e lança a fundação para o êxito de outras actividades espirituais. A oração também garante a vitória na luta contra Satanás, ao comprometermo-nos pela fé a proteger e cuidar do Grande Vencedor Jesus Cristo. O Dr. Andrew Murray disse: “Estou convencido de que nós nunca  apreciaremos por completo o grande significado da oração, enquanto a olharmos apenas como veículo para sustentar a nossa própria vida espiritual. Mas se aprendermos a olhá-la como a mais importante tarefa que nos foi confiada, a base e fôrça de todo o nossso labor, então compreenderemos que não há nada que nós devamos estudar e praticar como a arte de orar correctamente”.

O pedido dos discípulos a Jesus foi: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lucas 11:1). Nós apenas podemos aprender a arte da verdadeira oração e intercessão, com o Grande Intercessor Jesus Cristo. É uma escola em que devemos crescer em graça e conhecimento (2 Pedro 3:18). Embora a oração, na sua forma inicial, seja tão simples que mesmo a mais pequena criança pode orar, ao mesmo tempo ela é a mais elevada forma de dedicação a que os crentes são chamados.

Factores que influenciam a oração

Há três realidades importantes que nós, como seguidores de Cristo devemos considerar, ao investigarmos o papel e a importância da oração nas nossas vidas.
Livre arbítrio. Deus decretou soberanamente que o homem deve ter vontade própria para decidir sôbre escolhas de carácter moral. Através da Sua Palavra e do Espírito Santo dentro de nós, Êle deu à mente dos crentes olhos iluminados, para compreenderem a Sua vontade e tomarem as decisões correctas. Êle experimenta-nos para ver se procedemos dessa maneira. Se o não fizermos, então estamos a agir na carne e, consequentemente, estamos a resistir à Sua vontade (Ver. Gal. 5:16-17). Quanto mais cheios do conhecimento da Sua vontade estivermos (Col. 1:9), mais a desejaremos obedecer. Mas para estarmos nesta posição, devemos crucificar a carne e ser transformados pela renovação da nossa mente, para podermos verificar qual é a bôa, aceitável e perfeita vontade de Deus (Rom. 12:2). Trata-se da renovação da nossa total submissão a Cristo, para nos tornarmos como Êle de maneira mais completa. Para atingirmos êste objectivo, torna-se necessário adoptar numa base diária o papel inter-activo da oração e do estudo bíblico.
 
A fraqueza da nossa carne. Mesmo que a nossa velha natureza (a carne), possa ser crucificada, como cristãos nós estamos sujeitos às fraquezas e enfermidades do corpo humano (chamadas também a ‘carne’, como acima referimos)). A santidade é a única solução para êste problema. Paulo diz: “Eu falo-vos em têrmos humanos devido à fraqueza da vossa carne… Agora apresentai os vossos membros como escravos da rectidão para santidade” (Rom. 6:19). Estas fraquezas são as limitações da nossa fôrça, conhecimento, fragilidade emocional e também a possibilidade de sermos tentados através dos nossos sentidos. Uma vez que as fraquezas inerentes à nossa condição humana não são por si próprias pecado, Cristo compreende-as: “Porque nós não temos um Sumo Sacerdote que não possa compreender as nossas fraquezas… Portanto, aproximemo-nos ousadamente do trono da graça, para que possamos obter compaixão e encontrar graça que nos ajudem na hora da necessidade” (Hebr. 4:15-16). Que bela razão para continuarmos em oração!
 
Vencer num mundo vil. Nós vivemos num mundo controlado pelo diabo (João 14:30;  2 Cor. 4:4; 1 João 5:19). Portanto, devemos orar para que o Senhor nos livre do maligno. Visto que o diabo governa de facto “o presente mundo vil” (Gal. 1:4), devemos pedir a Deus a Sua intervenção activa nas nossas vidas e fortalecermo-nos no Senhor, de modo a sermos capazes de nos manter firmes contra as artimanhas do diabo (Efés. 6:10-12). Especialmente no “dia da tentação” (Efés. 6:13) quando Satanás vai desencadear forte ataque contra nós para nos ferir, enganar espiritualmente ou levar a tomar a decisão errada, devemos estar fortes no Senhor e não sucumbir aos seus ataques e tentações. Devemos submeter-nos ao Senhor em oração (Tiago 4:7), e ver como Êle, como autoridade final o subjugará, e evitará a realização dos seus vis propósitos. Isto é verdadeira guerra espiritual, mas sem a intervenção de Deus, sem a nossa diligente obediência à Sua Palavra e sem a orientação do Espírito Santo, as coisas poderão correr horrivelmente mal.

Trabalho sacerdotal

Como um santo sacerdócio, temos de aprender o que é interceder com perseverança pela salvação de almas perante o trono da graça de Deus. Um sacerdote vive apenas para glória de Deus e para a salvação de pessoas. As suas orações não são principalmente dirigidas aos seus próprios interesses. A êste respeito devemos aprender com o nosso fiel Sumo Scerdote. Da mesma maneira que Cristo se sacrificou por nós, nós também nos devemos sacrificar em oração pelas necessidades espirituais dos outros.
O grande significado da oração é-nos explicado por Charles Finney como segue: “Às vezes, aqueles que estão mais atarefados a prègar a verdade, não são os que são mais dedicados à oração. Isto é de lamentar – porque, a não ser que êles ou qualquer outra pessoa tenham o espírito de oração, a verdade por si só nada mais fará além de endurecer as pessoas em falta de arrependimento. Creio que no dia do julgamento verificaremos que nada foi jamais conseguido pela verdade, embora ela tenha sido prègada com muito zêlo, se algures não houver alguém a ligar a oração à apresentação da verdade. Para se conseguirem os resultados desejados, a prègação e a oração devem andar de mãos dadas.”

O Espírito Santo e a oração

A direcção na oração, vem do Espírito Santo: “Da mesma maneira, o Espírito também ajuda nas nossas fraquezas. Pois nós não sabemos pelo que devemos orar, como deviamos, mas o Próprio Espírito faz intercessão por nós” (Rom. 8:26). Nós devemos dedicar-nos contìnuamente a ser guiados pelo Espírito Santo, para controlarmos os nossos pensamentos, orações e toda a nossa vida. Sem isso não seremos capazes de orar a oração fervente da pessoa recta, que serve de muito (Tiago 5:16).

Clareza nos pedidos de oração

Os pedidos de oração devem ser muito específicos e descritos com clareza. O Senhor Jesus pediu: “O que desejas que Eu faça por ti?” (Marcos 10:36). As nossas orações nunca devem ser vagas e sem finalidade real. Não devemos fazer apenas pedidos  gerais ao Senhor, como perdoar todos os nossos pecados, mas sim mencionar os nossos pecados e iniquiddes pelo seu nome.
No nosso trabalho de interceder pelos outros, devemos evitar as orações generalizadas para a salvação de pessoas, bem assim como pedidos a Deus para abençoar toda a gente da Terra. Essas orações não são dirigidas especìficamente a um país, comunidade, grupo, família, indivíduo ou problema pessoal, pelo que uma pessoa não tem maneira de  saber onde procurar a resposta às nossas orações.

Orações individuais

Todos os cristãos deviam manter um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus por meio da oração. Pensem em arranjar um lugar onde possais  falar a sós com o Senhor: “Mas vós, quando orardes, ide para o vosso quarto, e quando tiverdes fechado a porta orai ao vosso Pai que está no lugar secreto; e o vosso Pai, que vê em segredo, vos recompensará abertamente” (Mat. 6:6).
A oração individual é uma fonte secreta de poder na nossa vida. Se ela fôr prática regular na nossa vida, o Senhor Jesus nos compensará pùblicamente. Quando estivermos entre público e tivermos de enfrentar tentações e ataques espirituais, Êle nos dará o poder para obter a vitória. Os nossos amigos e parentes vão notar que possuimos certo auto-domínio, calma, confiança, perseverança, honestidade de propósito e firmeza de princípios que só podem vir de Deus.

Oração em grupo

Há uma bênção especial para as reuniões de oração: “Se dois de vós concordardes na Terra em algo que êles peçam, ser-lhes-á concedido por Meu Pai no céu. Pois onde dois ou três estiverem reunidos juntos em Meu nome, Eu aí estou no meio dêles” (Mat.18:19-20).
Um filho de Deus sente não só a necessidade da oração pessoal em segredo, como  também da oração pública com outros cristãos. Nós estamos unidos como membros de um corpo pelo mesmo Espírito, e por êsse motivo devemos também funcionar como  grupos de crentes para atingir objectivos específicos. Da escritura em Mateus 18, torna-se evidente que devemos  estar de acôrdo quanto a um particular pedido. Devemos descobrir o segrêdo da oração corporativa, que requere a concordância de todos os corações presentes enquanto um membro ora. Uma reunião de oração, não é portanto constituida pela acumulação de orações individuais, mas sim pela participação partilhada numa  oração.
A oração em grupo  deve ter um fim específico em vista e um ponto focal, o que exige que os temas e pedidos de oração devem ser escolhidos de antemão em acôrdo comum. Os membros devem então limitar-se a tais temas, evitando assim repetições desnecessárias. Se uma pessoa mencionar um assunto especial e os outros concordarem com êle em espírito, êsse pedido não precisa de ser repetido no mesmo formato por outra pessoa. Se o assunto é muito grave e necessita de ser abordado de novo, então a oração seguinte deve complementar a anterior, frizando aspectos diferentes do problema. É preferível usar orações curtas e concisas, de forma a não fazer perder o interesse e a participação na oração aos outros presentes no grupo. Uma pessoa não deve dominar uma reunião de oração orando por todos os assuntos que foram levantados ao princípio. É preferível orar mais de uma vez, de maneira a que a oração dessa pessoa possa ser junta a outras orações, numa corrrente que englobe todas as orações individuais numa oração conjunta do grupo.

A certeza da resposta à oração

O próprio Senhor Jesus é a garantia das orações feitas em Seu nome: “E o que quer  que peçais em Meu nome Eu o farei, para  que o Pai possa ser glorificado no Filho” (João 14:13; Ver João 16:23). No entanto, as promessas bíblicas sôbre a resposta à oração são condicionais, e é no interesse de todos nós estudarmos as condições seguintes e adoptá-las meticulosamente:
·       Os pedidos de oração devem ter por fim sempre a glorificação do Pai (João 14:13; Mateus 6:9-10).
·       Devem estar de acôrdo com a Sua vontade ( 1 João 5:14; Rom. 8:27). Por tal motivo devemos determinar na Bíblia qual é a vontade de Deus nos vários assuntos (Rom., 12:2; Col. 1:9).
·       Todos os obstáculos de pecado e desobediência devem ser confessados e abandonados, antes  de confiar no Senhor para outros assuntos (1 João 3:22).
·       As nossas vidas e desejos devem estar em Cristo e as Suas palavras nos nossos corações,  de forma a não alimentarmos motivos egoístas (João 15:7; Tiago 4:3).
·       Nós estamos dispostos a perdoar aos soutros quando oramos ao Pai pelo perdão dos nossos próprios pecados, pois essa é a condição de Deus para perdoar os nossos (Mat. 6:12; Marc. 11:25-26).
·       As orações devem ser dirigidas à promoção de vidas santas que produzam muito fruto (1 Tess. 4:3-7; João 15:16). Não deve haver quaisquer pecados que nos separem de Deus e prejudiquem as nossas orações (1 Pedro 3:7).
·       Uma vida santa agradável a Deus é condição para orações respondidas (1 João 3:22). As nossas vidas têm de estar em ordem, antes de orarmos pelos outros. 
·       Devemos pedir com fé e sem dúvidas (Hebr. 11:6; Tiago 1:6-8). Para o podermos fazer, devemos estar estabelecidos na nossa santíssima fé, orando no Espírito Santo (Judas 1:20). A nossa fé deve ter como base as promessas garantidas do Senhor na Sua Palavra, que nos permitirão orar com confiança.

Temas  de oração

O que segue são guias para temas de oração:
Louvor: Louvar o Senhor pela Sua grandeza, bondade e favor. Glorificar o Seu Nome, que é maravilhoso acima de tudo. Usar porções dos salmos para êste fim, por exemplo Salmo 103.
 
Agradecimento: Agradecer ao Senhor pelo que Êle fez para a salvação da humanidade caída e por nós pessoalmente. Agradecer-Lhe pelas maravilhosas promessas da Sua Palavra. Êle prometeu nunca nos deixar ou abandonar, satisfazer todas as nossas necessidades de acôrdo com a Sua riqueza em glória e estar sempre connosco, mesmo até ao fim do mundo.
 
Limpeza contínua: Os cristãos evem obedecer à regra de não pecar. No entanto, a possibilidade de pecarmos existe sempre, e, depois de quebrarmos esta regra devemos dirigir-nos imediatamente ao trono da graça do Senhor pela oração, para obtermos perdão. “Meus pequeninos, estas coisas Eu vos escrevo para que possais não pecar. E se algum pecar, nós temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo o Justo. E Êle Próprio é a propiciação pelos nossos pecados” (1João 2:1-2). Os pecados cometidos depois da nossa salvação Não são perdoados automàticamente – devem  ser confessados e abandonados em oração. Se caminharmos na luz e confessarmos todos os pecados cometidos em fraqueza e ignorância, então beneficiamos da lavagem contínua pelo sangue do Cordeiro: “Se caminharmos na luz como Êle está na luz, nós temos convívio um com o outro, e o sangue de Jesus Cristo Seu Filho limpa-nos de todo o pecado” (1 João 1:7). Embora estejamos a viver sob o sangue, a oração e a confissão contínuas são necessárias para mantermos tal relacionamento. Se um crente peca conscientemente e não o confessa, refazendo assim tal relacionamento, êle ou ela retrogradam espiritualmente (Hebr. 3:12-13). Os pecados não confessados endurecem o coração, tornando-o insensível à convicção do Espírito Santo.
 
As necessidades dos santos: Em Efésios 6:18 é-nos dado o seguinte comando: “… orando sempre com toda a oração e súplica no Espírito, dando atenção a isto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”. Orai pela satisfação de todas as necessidades dos santos. Orai pela sua protecção contra os ataques de Satanás. Orai para que o Senhor lhes abra portas de oportunidade para o ministério da Sua Palavra, e lhes dê muita ousadia para proclamarem  os mistérios do evangelho à humanidade perdida.
 
As nossas próprias necessidades: “Não estejais inquietos por coisa alguma, mas em todas as coisas com oração,  súplica e gratidão, dai a conhecer a Deus os vossos pedidos” (Fil.4:6). Agradecei a Deus por Êle cuidar de vós. Mas lembrai-vos que as orações pelas necessidades pessoais nunca devem ter prioridade sôbre as orações para a expansão do reino de Deus na Terra (Mat. 6:33).
 
Salvação de pecadores: “Porque o Filho do Homem veio para procurar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). Êste é o motivo principal da vinda do Senhor Jesus ao mundo, e portanto deve-se fazer muita oração pela proclamação do evangelho e salvação dos pecadores. Devemos também orar para que o Senhor envie obreiros para fazer a colheita: “Então Jesus disse aos Seus discípulos, a colheita é de verdade abundante, mas o obreiros são poucos. Portanto pedi ao Senhor da seara que envie obreiros para a Sua colheita” (Mat. 9:37-38).
 
Santificação e reavivamento: “Pois isto é a vontade de Deus, a vossa santificação” (1 Tessal. 4:3). ”Como crianças obedientes, não vos conformeis com as antigas concupiscências da vossa ignorância; mas da mesma maneira que Aquele que vos chamou é Santo, sêde também santos em toda a conduta, pois está escrito “Sêde santos porque Eu sou santo” (1Pedro 1:14-16). Orai por uma vida santa e vitoriosa, e também por reavivamento em congregações retrógradas. O Senhor disse à congregação retrógrada de Efeso: “Tenho isto contra ti, que tu abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te portanto de onde caíste; arrepende-te e faz as primeiras obras, ou então Eu virei a ti de repente e tirarei o teu candelabro do seu lugar – a menos que te arrependas” (Apocal. 2:4-5).
 
Cura: O Senhor Jesus também deseja curar os nossos males físicos (Mat. 8:16-17), e assim temos a responsabilidade de orar pelos doentes: “Está alguém doente entre vós? Que êle chame os anciãos da igreja; e que êles orem por êle” (Tiago 5:14). O Senhor às vezes cura pessoas milagrosa e instantâneamente, mas noutras ocasiões usa a ciência médica para isso. O apóstolo Lucas era médico, havendo assim claramenete lugar para uma profissão dessa natureza. As pessoas doentes e os seus médicos devem encomendar-se ao Senhor em oração.
 
Vitória na batalha espiritual: “Dai atenção e orai, para que não entreis em tentação. O espírito deseja na verdade não entrar, mas a carne é fraca” (Mat. 26:41). “Liberta-nos do iníquo” (Mat. 6:13). “Portanto, submetei-vos a Deus. Resisti ao diabo e êle se afastará de vós” (Tiago 4:7). Confiai no Senhor em oração, pedindo-Lhe para vos dar fôrça para vencer o diabo.
 
O govêrno: “Peço-vos primeiro que tudo que façais súplica, orações, intercessão e acções de graças por todos os homens, por reis e por todos os que estão em autoridade, para que possamos viver uma vida sossegada e pacífica em toda a rectidão e reverência. Pois isso é bom e aceitável aos olhos de Deus nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos” (1 Tim. 2:1-4). Desta escritura vemos ser óbvio não precisarmos pedir bençãos para dirigentes malignos, mas que o Senhor fará com que êles não causem condições árduas aos seus súbditos. O Senhor pode intervir e fazer com que tais dirigentes tomem decisões que estejam de harmonia com as orações dos Seus filhos: “O coração do rei está na mão do Senhor, e como os rios de água Êle vira-o para onde desejar” (Prov. 21:1).
 
A salvação de Israel e a paz em Jerusalém: “Diz à casa de Israel… Tirar-vos-ei de entre as nações, juntar-vos-ei de todos os países, trazendo-vos para a vossa terra. E então aspergirei água limpa sôbre vós e ficareis limpos” (Ezeq. 36:22-25). A restauração de Israel constitui parte do conselho de Deus; por consequência, deviamos orar pelo seu regresso à sua terra e também pelo seu reavivamento espiritual. Devemos também orar pela paz de Jerusalém, porque os ataques dos seus inimigos são dirigidos especialmente contra esta cidade: “Orai pela paz de Jerusalém” (Salmo 112:6; ver também Isa. 62:6-7).
 
Chuva e bençãos materiais: O Senhor manda a chuva (Jeremias 14:22) e também a retira quando o Seu povo Lhe vira as costas (Jeremias 3:2-3). Quando estivermos a orar por chuva, devemo-nos ajoelhar perante o Senhor e confessar os nossos pecados.
 
A Segunda Vinda de Cristo: “Venha a nós o Vosso reino” (Mat.6:10). Deve ser a oração e o desejo de todo o crente, que Jesus Cristo venha em breve para estabelecer o Seu reino de justiça na Terra (Apocal. 22:17; Actos  15:16-17; Jeremias 3:17).