sexta-feira, 31 de março de 2017

O que esperar do Comentário Bíblico Mensal de Abril de 2017?




Amados irmãos, vos saudamos com a Paz do Senhor Jesus!

No mês de abril, estudaremos tanto no blog quanto na página, o tema: 1ª Tessalonicenses: Vida Santa e Irrepreensível, comentadas pelo Pastor e Teólogo José Carlos. Ministro do Evangelho e Bacharel em Teologia pelo Min. de Boa Esperança -RJ. O estudo são reunidos em 5 capítulos, um capítulo por semana, no estudo completo sobre a 1ª Epístola do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses.
Este estudo vai desde à origem de tessalônica até as orientações finais da epístola do Apóstolo Paulo. O estudo se trata à respeito de santidade, progresso moral e espiritual, perseverança no Evangelho, e sobre a Segunda Vinda do Senhor Jesus. É um estudo com bases a respeito do que passava, e as preocupações que atingiam os cristãos residentes na cidade de tessalônica. E são as mesmas preocupações que nos atingem até hoje.


Este estudo será colocado à disposição de todos, toda quarta às 10 hrs. da manhã na página do Facebook Evangelho Avivado , e toda quinta às 10 hrs. da manhã, aqui no blog Evangelho Avivado.

Que o estudo do mês de Abril venha lhe edificar grandemente a sua vida.

Capítulo 1: Introdução a 1ª Epístola aos Tessalonicenses
Capítulo 2: O Progresso da Igreja em Tessalônica
Capítulo 3: O Efeito do Evangelho na Igreja de Cristo
Capítulo 4: Exortação à Santidade, Amor Fraternal e o Trabalho
Capítulo 5: Assuntos Gerais e Espirituais

Comentário Bíblico: Mar/2017: Capítulo 5: O Amor, os Dons Espirituais e a Ressurreição de Cristo



Introdução
Prezado amante da Palavra do Senhor, chegamos ao final de mais um comentário bíblico mensal. Esperamos que até aqui a sua fé foi acrescentada. Cremos que você foi um instrumento usado nas mãos do Senhor e continuamente será usado para espalhar as boas obras de Cristo. Nesta conclusão do comentário à respeito de 1ª Coríntios, iremos estudar dos capítulos 12 à 15, tratando à respeito sobre os dons espirituais, o amor e a ressurreição de Cristo. Que Deus os abençoe e até o próximo comentário bíblico se o Senhor não retornar até lá.
I. A Importância do Amor
Se existe um tema que caracteriza a cultura popular dos nossos dias, é o amor. Mas como já vimos em tantas outras áreas, é uma perversão diabólica do amor verdadeiro. O nosso inimigo transformou o amor bíblico, cristão, num monstro desfigurado, deformado, perverso e corrupto.
É isso que caracteriza a maior parte das novelas populares—“amor” a primeira vista, “amor” sensual, “amor” traiçoeiro. Infelizmente, o poema sobre amor em 1 Co 13 tem sido interpretado e usado fora do seu contexto muitas vezes. De fato, serve muito bem como descrição do amor bíblico num casamento, ou como descrição de amizade verdadeira, ou até mesmo como descrição dos atributos de Deus (podemos substituir palavras como “o marido”, “o amigo”, ou “Jesus” nos vss. 4-7 com muito proveito.) Mas Paulo ainda está falando sobre dons espirituais e seu valor relativo na igreja. Seu ponto é muito claro nos cps. 12 a 14 . . . dons espirituais são importantes, mas não são tudo. De fato, TODOS os dons são limitados, e um dia cessarão. Mas existe algo muito maior que os dons em si, algo que regula e dita as normas sob quais os dons operam—o amor. Se os irmão deviam estar procurando os dons que mais diretamente contribuiam para edificação da igreja, existia um “dom de Deus” garantido de fazer isso—o amor! Mesmo se a pessoa não conseque “descobrir” seu dom espiritual, pode praticar o dom de amor, e assim edificar a igreja. Amor é um termo que virou chavão na igreja e paixão no mundo. Mas nem a igreja, muito menos o mundo, compreende o verdadeiro amor. Por isso temos 1 Coríntios 13. Os Coríntios tinham todos os dons. Tinham uma doutrina razoavelmente boa. Mas faltava-lhes o amor. É mais fácil ser ortodoxo do que amoroso (MacArthur). É mais fácil ser ativo na igreja do que mostrar amor. “Ágape” é um termo essencialmente cristão, pois resume a essência da vida cristã. A vida cristã é uma vida de amor, uma vida que genuinamente procura o bem de outros acima de nosso. Afinal de contas, é a vida de CRISTO em nós, e a vida dEle foi uma vida que não veio para ser servido, mas para servir, e para dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10.45).
II. O Propósito dos Dons Espirituais
Os coríntios entenderam mal como os dons espirituais funcionariam, por isso Paulo escreveu para corrigir os equívocos deles.
Verdades sobre os dons espirituais
O conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3)
No paganismo, a própria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pôs cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apóstolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31). O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século. Tudo deverá ser provado pelos critérios de sua concordância com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo em Cristo. O ensinamento é o alicerce de nosso crescimento e função. Sem amor, todo o nosso serviço espiritual é inútil. ' Devemos prestar cuidadosa atenção à revelação completa que foi produzida pelo uso dos dons espirituais no primeiro século.
III. A Ressurreição de Cristo
Alguns mestres ensinavam que não havia ressurreição dos mortos. Para refutar esta falsa doutrina, Paulo primeiro estabeleceu uma base comum com seus leitores, afirmando a ressurreição de Cristo. A evidência da ressurreição de Cristo é esmagadora. Não há confirmação mais forte de um evento histórico do que testemunho ocular. No caso de Jesus, mais de quinhentas pessoas viram Jesus vivo depois que ressurgiu. Sua ressurreição não pode ser razoavelmente negada, e assim prova que há ressurreição dos mortos.
Conseqüências da ressurreição de Cristo (15:12-28). Cristo ou foi ressuscitado ou não. Se não foi, então a pregação apostólica foi em vão, porque acusavam Deus de algo que ele não tinha feito, e a fé é vã porque se apóia na ressurreição de Cristo. Se Cristo foi ressuscitado então todos os crentes serão ressuscitados com ele. Cristo foi os primeiros frutos, um sinal e uma garantia de farta colheita. Observe o raciocínio de Paulo: a meta máxima de Deus para o universo é que Cristo retorne o governo a Deus depois de derrotar todos os inimigos. O último inimigo a ser derrotado é a morte, a qual Cristo venceria pela ressurreição. Sem esta, Cristo não venceria o último inimigo. Ele não retornaria o reino a Deus, que não seria o supremo rei. A negação da ressurreição frustra todo o plano de Deus para o universo.
Se não há ressurreição (15:29-34). Se não há ressurreição, o batismo não tem sentido. Se for assim, aqueles que estavam sendo batizados acreditando na ressurreição estavam apenas sendo batizados para os mortos, para a sepultura. O sofrimento de Paulo e as escapadas por um triz da morte foram absurdas se esta vida é tudo o que existe. De fato, se não há ressurreição, deveríamos viver intensamente aqui, porque amanhã morreremos.
Como são ressuscitados os mortos? (15:35-58). Os oponentes de Paulo objetaram contra a ressurreição porque não podiam imaginar como poderia acontecer. Paulo explicou a ressurreição por analogia. Enterrar um corpo é como plantar uma semente, porque a planta brota da semente, mas não se parece com ela. O corpo ressurgido sai do corpo enterrado, mas não se parece com ele. Deus tem muita experiência em preparar corpos adequados, por isso será capaz de providenciar facilmente um corpo adaptado a nossa existência eterna. Quando Cristo retornar, os mortos serão ressuscitados com corpos glorificados, os vivos serão mudados instantaneamente e todos serão levados ao grande julgamento do trono de Deus. A promessa de ressurreição deve motivar todos a perseverar e abundar no Senhor.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Momentos Marcantes no final da vida do Apóstolo Paulo - Parte Final - A Trajetória de um Verdadeiro Homem de Deus



Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado; Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão; E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.  (2 Timóteo 4:16-18)

Chegou o momento de nos despedirmos de um estudo tão grandioso e maravilhoso que são os momentos finais da vida do Apóstolo Paulo. Vimos aqui suas necessidades, suas debilidades, suas angústias, seus momentos de dor. Mas Paulo jamais deixou de confiar no Soberano e Exaltado Senhor da Glória. O final de sua trajetória, foi marcado por dores, mas bendito seja o Senhor, que o fortaleceu e o revestiu de forças. Paulo estava sozinho, sem provisões básicas. O maior líder do Cristianismo não tinha sequer uma capa surrada para se proteger do frio. Estava idoso, carente. Trabalhou por muitos, e ainda assim, terminou precisando de provisões. Este homem de Deus, não se entregou para césar, nem para os homens, ele se entregou para Deus. Ele se ofereceu como sacrifício vivo ao Senhor dos Senhores. Começou como caçador, terminou como caça, começou na Lei, concluiu a sua vida debaixo da Graça do Senhor Jesus. Era instruído por homens letrados, teve um ensino completo vindo do próprio Senhor Jesus. Este homem, cuja história é tão marcante, tão bela, tão emocionante, enfatiza em seu momento de martírio, o brado de honras e de glórias ao Senhor: Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão; E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.  (2 Timóteo 4:17-18).
Que Deus nos ajude, irmãos e irmãs, neste tempo de incredulidade, de apostasia, de falta de amor às pessoas e ao genuíno e puro evangelho, à levantar homens e mulheres de Deus, na ênfase deste grande apóstolo, como ele menciona:  Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo (2 Co 11.1).

Que o Senhor Deus os abençoe e até o próximo estudo.

Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
2 Timóteo 4:16-18
Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
2 Timóteo 4:16-18
Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
2 Timóteo 4:16-18
Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.
2 Timóteo 4:16-18

segunda-feira, 20 de março de 2017

Momentos Marcantes no Final da vida do Apóstolo Paulo - Parte 5 de 6 - O Terror do Abandono



´´Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado`` (2 Tm 4.16).

Estamos dando continuidade ao estudo sobre os últimos momentos do apóstolo Paulo. Vimos tantos momentos difíceis. E sempre quando vemos estes momentos tão desafiadores na vida de Paulo, reconhecemos uma coisa: A mão do Senhor sustentando-o. Passamos por momentos assim nos dias de hoje. Com tantas lutas, tantos dramas, tantos desafios em nossas vidas. Verdadeiramente, creio que vivemos hoje nos ´´Tempos Trabalhosos`` à qual Paulo mencionou (2 Tm 3.1-5). E hoje, veremos à respeito do terror do abandono.
Paulo no verso dezesseis do capítulo quatro da segunda epístola à Timóteo, menciona que em sua primeira defesa ninguém o assistiu. Muito provavelmente, era a sua defesa diante do César na época, no caso, Nero. Era um momento delicado em sua vida. O homem que tinha tantos filhos na fé, que evangelizou a Ásia (At 13,14), não tinha alí uma pessoa sequer em sua defesa. Provavelmente Lucas não estava mais com ele visto que ´´ninguém`` o assistiu. É doloroso o abandono. O momento em que não há ninguém em nosso lado. Seja para um abraço, seja para rir, seja para nos defender. Paulo ainda menciona à Timóteo que esta culpa não seja colocada à eles. Muitos possivelmente estavam em missão, ou cumprindo tarefas às quais Paulo deve ter mandando alguns de seus filhos na fé irem, agora que ele estava preso. A situação era obscura para Paulo. Sem defesa de amigos, e com uma imensa solidão. Ser desamparado em um momento que você mais precisa, dói. Dói muito. Mas bendito seja o Senhor pelas suas palavras em Mateus 28.20 ´´E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos``. Deus não nos promete vidas fáceis. Deus nos promete presença constante. Bendito seja Jesus, pela sua presença em nossas vidas.
Semana que vem, finalizaremos o contexto sobre os últimos momentos da vida do Apóstolo.
Que Deus os abençoe e até a próxima semana se o Senhor Jesus permitir.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Comentário Bíblico: Mar/2017 - Capítulo 3 - O Combate aos Problemas com a Doutrina



Comentário: Anderson Ribeiro

Introdução

Como os crentes de Corinto, constantemente nos achamos em luta contra dois inimigos: o mundanismo e a carnalidade. O primeiro é exterior, e o segundo, interior. Os coríntios raramente os venciam; frequentemente sucumbiam a ambos. Em consequência, cometiam sérios pecados, um após outro. Quase toda a primeira epístola visa identificá-los e corrigi-los.
O pecado das divisões na igreja coríntia foi acompanhado de outros pecados, pois estão sempre inter-relacionados. Não existe pecado isolado – um leva a outro, e o segundo reforça o primeiro. Cada pecado é uma combinação de pecados. A primeira epístola aos coríntios confirma essa realidade e nos exorta a cortar o mal pela raiz.

I. O Espírito Mundano na Igreja de Corinto

O motivo do partidarismo não era somente externo – a influência do mundanismo; mas também interno – a carnalidade. Os coríntios não só haviam sucumbido às pressões do mundo, mas também haviam sido seduzidos pela própria carne.
Antes de começar a repreender os coríntios, Paulo os chama de “irmãos”. Isso é a indicação de que eram salvos por Cristo, e que o apóstolo assim os considerava. Entretanto, não podia diminuir a gravidade do pecado que haviam cometido. Não convinha dirigir-se a eles como crentes“espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (1Co 3.1). O crente espiritual é aquele que se deixa controlar pelo Espírito, enquanto o crente carnal se entrega ao controle da sua natureza carnal (Rm 8.9,14). Quando ainda eram “crianças”, os coríntios haviam recebido o alimento adequado ao nível espiritual em que se encontravam. Agora, porém, passado algum tempo, já deviam estar preparados para receber doutrina mais difícil de digerir. Entretanto, não podiam, porque ainda agiam como crianças espirituais (1Co 3.2).
O cristão cresce quando caminha dirigido pelo Espírito, mas estaciona no crescimento espiritual quando se deixa dirigir pela carne, pois são duas forças opostas entre si (Gl 5.16-17). A carnalidade do cristão não é um estado absoluto, no qual permanece, mas um comportamento ocasional, quando prevalece o comando da carne (Rm 8.5-14).

II. A Impureza na Igreja de Corinto

A carnalidade não é inevitável. É uma questão de escolha. Os cristãos de Corinto não cresciam porque alimentavam os apetites carnais. Era por essa causa que a congregação de Corinto colocava em evidência os ciúmes e as contendas.
O ciúme é a atitude ou a condição emocional interna; e a contenda é a ação que resulta dela ou a sua expressão exterior. O primeiro se revela como forma de egoísmo, que é uma característica comum às crianças, e não aos adultos! Crentes maduros são altruístas. Essas duas manifestações são sintomas carnais mais destrutivos do que se possa pensar. Entre outras coisas, causaram as divisões na igreja de Corinto. Quando a congregação desenvolveu lealdade em torno de indivíduos, foi manifesto o ciúme entre os grupos, e surgiram as contendas (1Co 3.4).

III. Paulo combatendo os Problemas da Igreja

O apóstolo Paulo voltou ao tema da sabedoria do mundo e da futilidade de qualquer tipo de vanglória, baseada em líderes de grande capacidade, para mostrar que essa tendência pode ser corrigida quando a igreja possui um conceito exato de ministério.

1. A visão correta de quem ensina (1 Co 3.18-20)

É bastante fácil que tenhamos conceito errado acerca de nós mesmos. Por isso Paulo advertiu: “Ninguém se engane” (1Co 3.18). Talvez alguns mestres em Corinto se fizessem passar por homens de grande sabedoria. O apóstolo se dirigiu a eles e a qualquer pessoa que possui um conceito elevado da sua própria sabedoria. Se alguém deseja ter verdadeiro discernimento espiritual, tem que se tornar o que o mundo chama de “louco”. A verdadeira sabedoria, que está contida no evangelho, é achada quando se renuncia à sabedoria deste mundo.
A sabedoria do mundo é “loucura diante de Deus” (1 Co 3.19). Com a sabedoria humana, por mais que insistisse, o homem jamais poderia elaborar um plano de salvação eficaz como o elaborado por Deus. Ele triunfa sobre a sabedoria humana, a fim de realizar os Seus propósitos. Nem mesmo toda a erudição dos homens poderia frustrar os planos divinos.
Não há pensamento humano que o Senhor não conheça, e sabe que são pensamentos vãos ou inúteis, como o comprova a incapacidade de o homem alcançar a salvação (1Co 3.20).
Deve-se considerar aqui que Deus não condena a sabedoria relacionada com a Ciência, a Filosofia e outros campos do saber humano. Ela é necessária e é dádiva de Deus. Mas a sabedoria que exclui o temor do Senhor (Pv 1.7) e a cruz de Cristo (1 Co 1.18-25) é vã e inútil nas questões relacionadas a Deus, à salvação e à verdade espiritual.

2. A visão correta sobre quem possui o que ou quem (1 Co 3.21-23)

a. Todos são da igreja (1 Co 3.21-22)
Não havia nenhuma razão para os crentes coríntios se gloriarem nos homens. Eles deveriam se alegrar pela providência de todos os fiéis líderes que Deus lhes enviou: “seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas”. Se a igreja tivesse sido cuidadosa para entender e seguir tudo o que aqueles três homens ensinaram, estaria unida, e não dividida. Eles cooperaram com Deus para suprir as necessidades espirituais dos crentes, um de um modo, outro de outro, como Lhe aprouve.
b.Tudo é da igreja (1Co 3.22). Não somente os bons líderes são da igreja, mas todas as demais coisas que Deus concede para o bem dos Seus filhos. Como cristãos, somos “herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo” (Rm 8.17). Somos participantes da glória de Deus em Cristo (Jo 17.22). Todas as coisas colaboram para o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28).
• O mundo é nosso. Não apenas no sentido em que Deus o criou para o nosso sustento e deleite (Gn 1.28-30), mas também no sentido de que os seguidores de Cristo herdarão a terra (Mt 5.5).
• A vida é nossa. No sentido físico, a vida é dom de Deus e devemos prezá-la. No sentido espiritual, nós a recebemos para participar da natureza divina (2Pe 1.3-4) e para desfrutá-la eternamente.
• A morte é nossa. O grande inimigo da humanidade foi vencido. Cristo venceu a morte, e por Ele nós a vencemos também (1Co 15.54-57). Paulo entendia que para ele “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21). Para o povo de Deus, a presença no mundo é boa e necessária, mas a morte – que conduz à vida eterna – é melhor (Fp 1.23-24).
• As coisas do presente são nossas – as boas e as más. Em todas as coisas temos a oportunidade de ser vencedores e de experimentar o amor de Deus por nós (Rm 8.37-39).
• As coisas futuras são nossas. Certamente são nossas as bênçãos celestiais, das quais agora só desfrutamos o mínimo (1 Co 2.9).
c. A igreja pertence a Cristo, e Cristo pertence a Deus (1 Co 3.23). Nós somos propriedade de Cristo. Ele é a origem da igreja, a base para a sua unidade espiritual; a cura para as divisões. Se os olhos dos cristãos de Corinto estivessem voltados para Cristo, as divisões não ocorreriam. O maior motivo para se manter a unidade do Espírito e evitar as divisões na igreja é saber que pertencemos a Cristo, e que Cristo é de Deus. Todos nós somos propriedade de um e de outro. Na oração sacerdotal, o Senhor valoriza o que ensina sobre a unidade, ao dizer: “porque são teus; ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas… que todos sejam um;e como és, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste… para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade” (Jo 17.9-10,21-23). Nós deveríamos aprender a manter a unidade com o Deus Pai e o Deus Filho. Eles são eternamente um em essência, embora sejam duas Pessoas.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Espaço Obreiro Aprovado - Tema da Semana: A importância de se ter uma Cosmovisão Cristã - Por Thiago S. Panzarrielo





O apóstolo Pedro em sua primeira epístola nos alerta: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15b).  Este aviso é extremamente atual e relevante, pois nem todos os evangélicos, sobretudo jovens sabem expor a sua fé de maneira racional e objetiva, conforme a recomendação de Pedro.
Desta forma, é necessário e urgente o estabelecimento de uma cosmovisão cristã. Cosmovisão, é a maneira como enxergamos a realidade ao nosso redor, são as lentes, ou óculos pelos quais, discernimos a realidade. E isto não só, interfere, como molda nossa maneira de viver. “Com efeito, cosmovisão cristã é o modo como olhamos para este mundo a partir dos pressupostos bíblicos e aplicamos os seus princípios a todas as esferas da sociedade, seja na igreja, no trabalho, na escola, na faculdade ou no governo” (NASCIMENTO, 2016, p. 32).
Ademais, o cristianismo e os cristãos sofrem vários tipos de ataques, especialmente os jovens, que geralmente são ridicularizados por escolherem viver os princípios do evangelho. Entretanto, é necessário também argumentar de forma racional a fé cristã. Pois se os cristãos, especificamente os jovens evangélicos, não souberem refutar quando forem questionados, se tornarão vulneráveis a cosmovisões nocivas e a ideologias perversas que tem como premissa, em muitas vezes, o relativismo moral, cultural e religioso.
Neste campo de batalha intelectual e ideológico, não podemos perder território. A juventude deste século vive na era da informação e do conhecimento, logo é inevitável uma mudança de patamar no ensino das igrejas. Não basta ensinar histórias bíblicas e vida cristã, é primordial o ensino da boa teologia cristã ortodoxa, doutrina bíblica, apologética, história da igreja, para que a nossa juventude tenha um verdadeiro arsenal intelectual, objetivando não perdê-los para o mundo.
Por isso, a urgência, importância e relevância da cosmovisão cristã, pois é ela que vai nos informar que a perspectiva cristã vence todas as demais, pois responde e argumenta de forma inteligível e racional as grandes questões da humanidade, as quais outras cosmovisões deixam a desejar: “De onde viemos? (criação); Qual o dilema humano? (queda); e O que podemos fazer para solucionar o dilema? (redenção). E a maneira como vemos o mundo orienta a maneira como trabalhamos para mudar o mundo (restauração).” (COLSON; PEARCEY, 2006, p. 297). Logo, é essencial e imprescindível a construção de uma cosmovisão cristã.

Referências:
COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O cristão na cultura de hoje: desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
NASCIMENTO, Valmir. O cristão e a universidade: um guia para a defesa e anúncio da cosmovisão cristã no ambiente universitário. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.